IMPACTO DA PAZ

No sábado, primeiro dia do Carnaval, saímos bem cedo para andar no percurso do maior bloco de carnaval do mundo: o Galo da Madrugada. O Galo da Madrugada foi assim batizado porque deveria sair no sábado de carnaval, nos bairros do centro do Recife, bem cedinho, antes mesmo que o comércio abrisse, para carregar todos os foliões.

Fizemos todo o percurso de mais ou menos 3 km, intercedendo pelas pessoas que estavam ali, buscando uma alegria que sabemos que não se encontra naquele lugar. Em alguns momentos do percurso, parávamos e fazíamos apresentações de pirofagia, teatro e dança, para evangelizar as pessoas que nos assistiam.






Neste tempo fomos também para a cidade alta em Olinda com suas ruas estreitas e cheias de foliões. Usamos a mesma estratégia de caminhar intercedendo pelas pessoas e declarando que a cidade de Olinda pertence ao Senhor. Mas nesta cidade não foi tão fácil caminhar, pois precisávamos subir as ladeiras até a parte mais alta, e era quase impossível andar e ainda mais subir, por causa da quantidade de pessoas que estavam descendo. Os homens precisaram fazer um cordão envolta das meninas para podermos andar com segurança no meio de todos. Na caminhada também pudemos sentir o peso espiritual e só nos sentimos melhor quando chegamos à parte mais alta, louvamos a Deus e nos ajoelhamos na rua em oração por aquele lugar, ali também pudemos fazer as apresentações de teatro e dança e o evangelismo pessoal.

Na noite de segunda-feira aconteceu a Noite dos Tambores Silenciosos, que é uma celebração aos deuses do candomblé, onde os seus seguidores fazem uma louvação exatamente a meia noite e esperam um sinal destes deuses de que o ano será bom para eles. O sinal é uma pomba voar.
Esta louvação acontece em praça pública, como um evento cultural, milhares de pessoas assistem esperando receber a benção das entidades ali invocadas.

Nós fomos em mais ou menos 20 pessoas como “agentes secretos”, infiltrados em meio ao povo que estava assistindo, para guerrear em nome de Deus, orando contra as manifestações.
A meia noite as luzes se apagaram e a invocação começou. O povo todo levantou as mãos para receber as “bênçãos”, e nós levantamos também. Foi o momento em que pudemos batalhar de frente, porque até então só podíamos orar em pensamento, pois não podíamos orar em voz alta, afrontando as pessoas que ali estavam.
Após um tempo de louvações e invocações o céu começou a fechar, nessa hora intensificamos nossas orações, pois isso indicava que o momento de receber o sinal estava chegando. Mas assim que o céu começou a fechar e nós a orar, o céu se abriu novamente e então chegou o momento, eles pegaram a pomba e a jogaram para o alto a fim de fazê-la voar, mas para a surpresa deles, mas não a nossa, a pomba não voou, não subiu, e foi assim por varias vezes, até que acenderam as luzes, ou seja, o sinal não aconteceu. O poder de Deus prevaleceu naquele lugar, e o inimigo caiu por terra.

A opressão que senti foi muito forte, desde o momento que chegamos, era como se muitos quilos estivessem sobre mim, mas ao final da batalha, a felicidade da vitória em nome de Jesus foi maior.

Entramos no terreno do inimigo, mas entramos protegidos pelo Senhor e mais uma vez Deus mostrou sua grandeza e majestade.